É a Bitcoin mais um brinquedo para os mais ricos do mundo?
É uma questão que analistas do Credit Suisse exploraram em um grande relatório dedicado às criptomoedas e à blockchain — enviado aos seus clientes na semana passada.
“A concentração de riqueza em um pequeno grupo de endereços, seja de indivíduos ou de plataformas de câmbio, significa que alguns jogadores-chave podem ter uma influência massiva no mercado de bitcoins.” — Avançou o banco.
A riqueza se encontra assim bastante concentrada no ecossistema da Bitcoin: 97% de todas as bitcoins são detidas por 4% de todos os endereços de Bitcoin que existem, de acordo com o banco. A instituição financeira afirmou que, assim, a concentração de riqueza aponta para a utilização da Bitcoin como reserva de valor, semelhante ao ouro.
“Proporções significativas de bitcoins e de outras criptomoedas estão aparentemente sendo detidas como bens preciosos, restringido severamente o fluxo e disponibilidade das criptomoedas.” — Continuou o banco.
2017 foi um ano arriscado para investidores focados na Bitcoin. A criptomoeda disparou para o máximo histórico de quase 20.000 dólares em dezembro, tendo terminado o ano com aumento de 1.300%. Quanto à sua capitalização de mercado se destaca que disparou de 15,6 bilhões de dólares no início de 2017 para mais de 320 bilhões de dólares em dezembro, de acordo com dados do Coinmarketcap.
Se estima que 2018 seja novamente um ano relevante para o mercado de criptomoedas.