Bitcoin e blockchain foram dois dos termos aos quais não foi possível escapar no encontro que tem lugar anualmente em Davos, na Suíça, e reúne os principais líderes políticos e corporativos do mundo — o Fórum Econômico Mundial
As bitcoins ou criptomoedas, os termos mais controversos, contaram com uma parcela significativa de detratores. O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, avançou que está focado nos indivíduos que se encontram usando a Bitcoin e outras criptomoedas para “atividade ilícita”. A primeira-ministra britânica, por sua vez, instou os governos a levar os riscos criminais “muito a sério”. Christine Lagarde, diretora do Fundo Monetário Internacional, declarou que “a forma como [as criptomoedas] escondem e protegem a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo é simplesmente inaceitável.”
A blockchain, por outro lado, foi alvo de elogios. Se trata da tecnologia subjacente às criptomoedas — com potencial muito além do setor financeiro. O governador do Banco do Canadá, Stephen Polo, elogiou a tecnologia como “um verdadeiro trabalho de gênio”. Lagarde, novamente, considerou a tecnologia fascinante e o bilionário George Soros exaltou as suas virtudes, dizendo que as blockchains “podem ser usadas para fins positivos”, nomeadamente para “ajudar migrantes a comunicar com as suas famílias e a manter o seu dinheiro seguro enquanto o transportam consigo.”
Foram termos que marcaram 2017 e que — tudo indica — continuarão fazendo manchetes este ano. Porém, de acordo com Robert Hackett da Fortune:
“A blockchain e as criptomoedas são inovações que oferecem à humanidade potencial extraordinário e transformador. No entanto, cabe não cair na ilusão de acreditar que uma ou outra irá curar — ou agravar — os males do mundo. Como com tudo o resto, se deve respeitar as nuances.”