A euforia ao redor da tecnologia blockchain poderá estar sendo substituída por fadiga: apesar de toda a propaganda, apenas 1% dos executivos relatam estar implementando a tecnologia nas suas empresas, de acordo com o avançado pelo Quartz — e a menção do termo blockchain tem vindo diminuindo nas conferências de resultados financeiros trimestrais.
Porém, a IBM, com raízes que remontam a mais de cem anos, considera que a tecnologia que sustenta a Bitcoin tem potencial inexplorado.
A blockchain é um tipo de base de dados à prova de adulteração — que permite a monitorização de praticamente qualquer coisa. A IBM tem à volta de 1600 colaboradores trabalhando em projetos relacionados com a tecnologia e Marie Wieck, gestora da IBM Blockchain, considera que a mesma poderá ser tão transformadora para processos empresariais como a Internet foi para processos pessoais.
Porém, a sua adoção exige tempo — e não fará sentido para todos os projetos e empresas. Wieck argumenta que a blockchain poderá ser uma boa opção quando se trata de preservar um registro/histórico de dados ao longo do tempo para aspetos como remessas. A rastreabilidade está disponível em tempo real, sem ser necessário depender de terceiros (com potencial conflito de interesses).
E Wieck não está sozinha na sua posição. Estimativas da empresa de consultoria Gartner avançam que a tecnologia poderá acrescentar 176 bilhões de dólares de valor de negócio até 2025 e mais de 3,1 trilhões até 2030.
A verdade é que é comum se subestimar nova tecnologia por um longo período de tempo.